O livro é uma novela mágica que nos convida a realizar uma
viagem imaginária pelo mundo da gnose primordial e os mistérios que estão
ocultos por trás da história consistente de uma grande conspiração universal
para manter nossas mentes presas na desorientação no Grande Engano. Este
relato, em primeira pessoa é contado pelo protagonista, Arturo Signagel. Um
jovem psiquiatra que conhece uma misteriosa mulher, uma donzela de ascendência
incaica, chamada Belicena Villca, internada no pavilhão B de enfermos incuráveis
do hospital neuropsiquiátrico Dr. Javier Patrón Isla, em Salta. Esta princesa
hiperbórea lhe mudará a vida para sempre, ao adentrá-lo em uma história na
qual, finalmente ele será uma peça chave. Durante um ano, o Dr Signagel dá
tratamentos a Belicena Villca e apesar de ver nela um grande carisma, uma envolvente
personalidade, jamais conseguiu dar-lhe alta. Belicena Villca, de sua parte se
dedicou a dar início a sua história guardando zelosamente o conteúdo de seus
escritos evitando que alguém pudesse sequer vê-los. Belicena Villca, de 47
anos, ainda que seu aspecto a fazia parecer mais jovem, era uma mulher
especial, de trato culto e sereno. O dia que Signagel a acompanhou pela
primeira vez ao pavilhão B, Belicena Villca o olhou e, lendo o letreiro
metálico com seu nome escrito em um bolsinho de seu guarda pó, disse: O senhor
tem um nome mágico: Urso da garra vitoriosa. O qual era certo, se notamos que "arctros" significa
urso, "sig”, vitória e "nagel", garra. Mas não se tratava de
mero conhecimento etimológico das palavras gregas e alemãs senão da possibilidade,
disse Belicena Villca de "ver com o sangue". Seu quadro psiquiátrico
era de esquizofrenia aguda e levada a essas dependências, por membros do
exército em época de processo de reorganização nacional nas quais a perseguição
de membros da subversão era coisa cotidiana. Belicena Villca era suspeita de
formar parte daquelas organizações terroristas. Foi interrogada por militares
que já a haviam diagnosticado com demência senil, escusa para aplicar-lhe
terríveis drogas e dobrar sua vontade. Mas a história, na verdade, começa
quando, entre às 0hs e às 2:00 AM de 6 de janeiro de 1980, Belicena Villca é
assassinada.
Era noite de Reis, e o Dr. Cortez, que dirigia o hospital, voltava
de distribuir presentes em um orfanato, ainda disfarçado quando se inteirou de
que, na instituição que tinha a seu cargo uma interna havia sido estrangulada
até a morte. Estrangulamento executado por uma corda feita com cabelo humano
trançado de cor marfim, já que havia sido tingida com cal e em suas extremidades
tinha peças metálicas, duas medalhas de ouro. Uma gravada com um trevo de
quatro folhas e a outra com um fruto de romã. Lâminas que tinham, sem dúvida,
simbolismos maçônicos e que o Dr. Signagel pôde reconhecer em uma exposição do
Rotary Club. As medalhas estavam no dorso gravadas com uma estrela de Davi e a
inscrição: "ada aes sidhe draoi mac hwch". cujo significado era: "vitória ao divino druida, filho do Javali". O que faltava na cela era o portfólio com os escritos de
Belicena Villca. A espectroscopia molecular da arma homicida mostrou que
a composição molecular da armação metálica das medalhas provinha da zona do Rio
Tinto na Espanha, na província de Huelva, muito utilizado para rituais
maçônicos de grau 33 de cavaleiro Kadosh. Com a complexidade da situação, e
estando Belicena Villca sem familiares próximos que clamassem por justiça, o
caso, a cargo do Sargento Maidana foi arquivado muito rápido. Sobretudo pelo
inexplicável fato de que aconteceu em um quarto hermeticamente fechado, sem
rastros, sem violentar nenhuma abertura, como assim também sem existir uma
cópia de chave para abri-lo. Arturo Signagel dispunha-se, nesse final de semana
a descansar na casa de seus pais em Cerrilhos a 18km de Salta. A mãe de
Arturo, chamada Beatriz era proprietária de uma bela fazenda na qual vivia com
seu esposo e sua filha Catalina e seus netos, filhos desta última. Mas,
encontra que, há 5 dias esperava por ele um pacote que continha um portfólio com
a cópia traduzida da extensa carta que Belicena Villca havia feito para ele e que mudaria a vida do
jovem psiquiatra para sempre. Na carta, Belicena Villca confessa vir de uma
linhagem nobre, ser membro de uma família possuidora de um segredo mortal
guardado durante séculos e que, ao morrer, estava completando por vontade um
importante papel com a finalidade de preservar tal segredo. Segredo, que ela
conscientiza ao Dr. Signagel da existência de um grande engano que lhe
possibilitará o caminho para ter acesso a uma sabedoria que o orientará no
caminho de regresso à Origem. Explica que seu filho, Noyo Villca não foi
sequestrado por ser subversivo, senão que ia a caminho de Córdoba à Caverna de
Parsifal para transportar a espada sábia da casa de Tharsis e seus ancestrais.
Essa espada foi trazida da Europa para a América por Lito de Tharsis que
desembarcou em Colônia Coro, em 1534, casou-se com uma princesa inca, chamada
Kila, com quem teria uma descendência que formaria uma linhagem de 400 anos até
a própria Belicena Villca. Mas o que é essa espada Sábia e por que é tão
importante? Essa espada encerrava um poder iniciático protegido pelos
cavaleiros da casa de Tharsis, família esta que praticava um culto que se
remontava aos dias posteriores, ao afundamento da Atlântida. Os sobreviventes
de tal afundamento que não se deveu por uma catástrofe natural senão a uma
grande batalha, a uma guerra essencial nos albores da humanidade, dividiram-se
em dois grupos: os denominados atlantes brancos e os atlantes morenos e
continuaram sua guerra por milhares de anos. Os atlantes brancos. senhores
construtores, enfrentaram-se com os atlantes morenos para proteger um segredo
que seria o legado dos senhores de Tharsis dos quais Belicena Villca descende
através de uma surpreendente história.
Atlântida afunda em um enfrentamento
entre deuses: Os deuses leais ao incognoscível que é o verdadeiro deus do
incriado, além das estrelas, contra os deuses traidores corrompidos pelo deus
Uno, o demiurgo maldito, criador da matéria e que aprisiona o espírito humano.
O deus da criação Jeová-Satanás sustenta seu reino material, seu poder em uma
prisão para o espirito humano, incriado dos homens brancos. O demiurgo, junto
com sua hoste de deuses traidores que lhe renderam obediência mantém o homem
submerso em uma prisão material e um terrível engano. Os atlantes morenos e os
deuses traidores conformam assim as potências da matéria e fundaram um pacto
cultural, baseado no holocausto, no sacrifício de sangue, para adorar o deus
Uno. Os atlantes brancos, de sua parte, leais ao incognoscível contrapuseram um
pacto de sangue, isto é, o acesso gnóstico à sabedoria hiperbórea pela via
iniciática para retornar à Origem incriada, a Si mesmo, além das estrelas. Os
Atlantes brancos, homens de Cro-Magnon possuem espírito incriado. Os Atlantes
morenos, Neandertais possuem a qualidade de animais homens. Estes últimos foram
exterminados pelos primeiros, os atlantes brancos, que foram os guardiões da
sabedoria Lítica e fundaram uma linhagem de homens de pedra, guerreiros
imortais. Os Atlantes morenos conseguiram sobreviver aceitando a missão dada
pelo demiurgo criador, isto é, destruir as construções megalíticas dos Atlantes
brancos os quais, após o afundamento da Atlântida dirigiam-se para o ocidente à
cidade de Ktagar ou Agartha no continente milenar chamado Hiperbórea, um portal
para um mundo incriado, a última Thule. Hiperbórea significa: "a pátria do
espirito". Os Atlantes brancos fizeram uma linhagem com os nativos da
península Ibérica dando origem aos primeiros reis guerreiros com herança
divina. Funda-se assim, uma aristocracia de sangue e espirito. Isso era
possível porque a cada um dos reis guerreiros de cada povo aliado davam uma
pedra de vênus, uma pedra esmeralda, finamente polida portadora do signo da
Origem reflexo presente no sangue puro. Os Atlantes brancos afirmaram além
disso, serem comandados por um chefe branco a quem chamavam de Navutan, Wotan
ou simplesmente Odin, que revelou aos Atlantes brancos o signo da Origem, signo
incomunicável e que só era percebido por aqueles que eram possuidores do símbolo
da Origem, seu fiel reflexo. O deus Sanat, por sua parte, instalou-se no trono
dos antigos reis do mundo no palácio Cron, da Ilha Branca Gui conhecida posteriormente
no Tibete como Chang Shambala ou Dejung. Contava com o apoio de misteriosos
"anjos", os Seraphim Nefilim os deuses traidores ao espirito do homem,
eram duzentos mais ou menos e regiam sobre a hierarquia oculta da terra ou
Fraternidade Branca. Homens maus, os druidas e seus aliados, os
"golen".
Em determinado momento, o pacto cultural se impôs ao pacto de
sangue dos Atlantes brancos e muitos dos filhos do sangue puro caíram na
desorientação. Isso aconteceu por um estado de "fadiga da guerra" e
os atlantes morenos conseguiram uma penetração cultural. Seduzidos pelo acúmulo
de bens e prazeres da carne os reis guerreiros adotaram o culto e o impuseram
aos seus povos. Entre eles, os próprios membros da casa de Tharsis. Como o
culto venera o criador, os senhores de Tharsis adotaram o culto de uma deidade
feminina Belisana ou Belicena, a deusa do fogo frio que é um mito arquetípico de
adoração a uma deidade antiga, pagã. A Deusa Pyrena, a Astarte fenícia, a
Ishtar assíria, a Innana suméria, a Medusa, virgem sacerdotisa do Templo de
Atena, tão linda que Posseidon a desejou para si e a violou. Atena, ciumenta de
sua beleza e de seu encontro com o imortal a amaldiçoou com feiura monstruosa e
cabelo de serpente, para que todo homem que a olhe se transforme em pedra. Mas
isso é o mito deformado de Perseu levado adiante pelos "golen", os
servidores do Demiurgo. Essa deidade feminina, é na realidade a virgem de
Agartha. Uma donzela atlante que, leal ao incognoscível deu a luz ao
Kristus-Lúcifer, o portador da luz. Prometeu que roubou o fogo sagrado para
entregá-lo aos homens, Navutan. O menino do balamudra, que salva o espirito
incriado fazendo-o consciente de sua Origem. Os homens de pedra que seguem
Pyrena são os iniciados na Gnose Eterna. Com o cristianismo, os cavaleiros de
Tharsis ocultaram-se da Fraternidade Branca e de sua perseguição adorando a
virgem de Agartha, a Virgem da Gruta, a Virgem da Candelária, a Virgem de La
Vega, a Pachamama. Mas Bera e Birsa, demonios imortais sicários de
Jeová-Satanás protegidos por Binah Schekinah destruíram grande parte da
linhagem de Tharsis. Estes adotaram o bardo unicórnio como simbolo da família e
se consagraram a Beleno, Apolo e Belisana, sua esposa. Foram providos por
Navutan do signo da Origem com o qual podiam enfrentar o deus criador. O deus
criador, o demiurgo do universo criado, Brahma para os hindus, é Adonai Sebaoth
quer dizer, o senhor dos exércitos. Exércitos integrados pelos Seraphim Nefilin
sob o comando de Metraton o que está mais perto do trono, mencionado no livro
de Enoque, o jovem o cultivador da flor da vida do Zohar, o grande arcanjo que
dirige as hostes celestiais para fazer cumprir a vontade do Uno, que é destruir
a casa de Tharsis. E substituir a oração da Virgem de Agartha pela Virgem dos
Milagres e Navutan por metraton para prender de uma vez por todas a humanidade
no engano e na desorientação. Através da carta de Belicena Villca, Ninrod de
Rosário nos ensina que o poder de Jeová-Satanás se encontra codificado no
Sefher Yetzirah livro talmúdico que decodifica a árvore da vida e seus dez
Sephirotes: a Coroa, a Sabedoria, a Inteligência, a Misericórdia, a Justiça, a
Beleza, a Vitória, a Eternidade, o Fundamento e o Reino. Onde cada um deles é
um aspecto do próprio demiurgo o Yetz Ayehin, com 22 conexões que, por sua vez,
são as 22 letras do alfabeto habraico, onde as três primeiras: Kether, Chokmah
e Binah, do mundo Olan Aziluth são as construtoras do mundo da ilusão cada uso
da alma o Reino, o Mundo Físico, o Malchut. O mundo da alma estudado pela Cabala,
transmitida por Jeová a Moisés no Monte Sinai e retransmitida à Hierarquia
Oculta, a Ordem de Melquizedek servidores do Elohim, Bera e Birsa, os sicários
do demiurgo opõe-se ao mundo do espirito estudado pela Sabedoria Hiperbórea, o
legado dos Deuses Liberadores e revelada aos guerreiros do pacto de
sangue. Pyrena, mãe de Navutan, protetora de Tharsis foi protegida pelo culto
secreto a Deméter Perséfone e os mistérios eleusinos que foram proscritos pelo
cristianismo após Constantino e custodiados pelos mestres Cátaros e Albigenses
já entrada a idade média.
Freaking out
terça-feira, 2 de abril de 2024
O Mistério de Belicena Villca
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
sábado, 6 de julho de 2013
"Professores do Brasil, uni-vos": Qualquer relação comparativa, não será mera coinci...
"Professores do Brasil, uni-vos": Qualquer relação comparativa, não será mera coinci...: Um professor de economia em uma un iversidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma cl...
domingo, 30 de junho de 2013
Arthur é um viajante do tipo "muitas compras e centenas de fotos no facebook e instagram". Faz passeios turísticos que proporcionam experiências estéreis, passa mais tempo no celular e nas redes sociais, do que contemplando a viagem. Só come pratos que conhece e se incomoda com qualquer coisa distinta da sua própria cultura. Arthur é completamente feliz com esse comportamento. Está fazendo o que lhe apetece, curtindo sua zona de conforto da melhor maneira possível. E quem ousaria criticar Arthur?
Há em nossa sociedade essa ideia de que - para ser feliz - é preciso se fiar no slogan "eu faço o que quero, eu faço o que eu gosto". É realmente um conceito magnâmico e respeitável, base dos direitos individuais. Porém, por ser uma afirmação tão contundente, esconde perguntas extremamente complexas. Uma delas talvez seja a mais importante: será que você está fazendo o que quer ou na verdade só está fazendo o que lhe ensinaram (doutrinaram) a gostar?
Imagine um rapaz criado por pais mentirosos. Em sua infância sempre ouvia promessas de ir ao parque ou ao cinema, mas isso nunca se realizava. É possível e até natural que esse menino - ao chegar a idade adulta - torne-se alguém desconfiado de quem o cerca. Ele aprendeu a agir assim, estar sempre com o pé atrás é como ele se sente bem e confortável. E se a mesma coisa aconteceu com nosso viajante Arthur?
Digamos que, ele cresceu vendo na TV o quão felizes ficam as pessoas quando compram algo. Sendo assim, aprendeu a ser feliz ao consumir. Talvez ele tenha recebido do pai uma criação com poucos estímulos culturais e é bem possível que a mãe tirava todos os pedacinhos de cebola do seu prato. Pode ser que esse background tenha tornado Arthur esse tipo de viajante que ele é. Por isso é compreensível que Arthur seja assim, do mesmo modo que o garoto com pais mentirosos tenha se tornado uma pessoa desconfiada. No entanto, o que seria melhor? Que Arthur visse o mundo pelo prisma do seu umbigo, ou de uma maneira mais abrangente? Ou que o garoto desconfiado fosse para sempre melindroso ou retomasse a sua fé no ser humano? Melhor: quais seriam os resultados para a vida de cada um deles dependendo da direção que tomassem? É bonito dizer que as pessoas fazem o que querem com suas existências. O difícil é discutir os resultados dessas escolhas.
Arthur pode chegar à velhice e enxergar que podia ter feito coisas mais interessantes, do mesmo modo que rapaz com pais mentirosos pode se arrepender por não ter confiado mais nas pessoas.
Quantas coisas ambos podem ter perdido por fincarem os pés no acomodado terreno do "eu faço o que eu gosto, não quero me incomodar"? Por isso, faça também o que você ACHA que não gosta. Experimente coisas novas. Pode ser que encontre ali algo que mude a sua vida. Caso não ache, pelo menos aprendeu que aquilo não serve pra você.
Há em nossa sociedade essa ideia de que - para ser feliz - é preciso se fiar no slogan "eu faço o que quero, eu faço o que eu gosto". É realmente um conceito magnâmico e respeitável, base dos direitos individuais. Porém, por ser uma afirmação tão contundente, esconde perguntas extremamente complexas. Uma delas talvez seja a mais importante: será que você está fazendo o que quer ou na verdade só está fazendo o que lhe ensinaram (doutrinaram) a gostar?
Imagine um rapaz criado por pais mentirosos. Em sua infância sempre ouvia promessas de ir ao parque ou ao cinema, mas isso nunca se realizava. É possível e até natural que esse menino - ao chegar a idade adulta - torne-se alguém desconfiado de quem o cerca. Ele aprendeu a agir assim, estar sempre com o pé atrás é como ele se sente bem e confortável. E se a mesma coisa aconteceu com nosso viajante Arthur?
Digamos que, ele cresceu vendo na TV o quão felizes ficam as pessoas quando compram algo. Sendo assim, aprendeu a ser feliz ao consumir. Talvez ele tenha recebido do pai uma criação com poucos estímulos culturais e é bem possível que a mãe tirava todos os pedacinhos de cebola do seu prato. Pode ser que esse background tenha tornado Arthur esse tipo de viajante que ele é. Por isso é compreensível que Arthur seja assim, do mesmo modo que o garoto com pais mentirosos tenha se tornado uma pessoa desconfiada. No entanto, o que seria melhor? Que Arthur visse o mundo pelo prisma do seu umbigo, ou de uma maneira mais abrangente? Ou que o garoto desconfiado fosse para sempre melindroso ou retomasse a sua fé no ser humano? Melhor: quais seriam os resultados para a vida de cada um deles dependendo da direção que tomassem? É bonito dizer que as pessoas fazem o que querem com suas existências. O difícil é discutir os resultados dessas escolhas.
Arthur pode chegar à velhice e enxergar que podia ter feito coisas mais interessantes, do mesmo modo que rapaz com pais mentirosos pode se arrepender por não ter confiado mais nas pessoas.
Quantas coisas ambos podem ter perdido por fincarem os pés no acomodado terreno do "eu faço o que eu gosto, não quero me incomodar"? Por isso, faça também o que você ACHA que não gosta. Experimente coisas novas. Pode ser que encontre ali algo que mude a sua vida. Caso não ache, pelo menos aprendeu que aquilo não serve pra você.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Olhando para o passado percebo que nada é especial em nossas vidas, vivemos, morremos e somos esquecidos. O que eu fiz a minha vida inteira não serve para ser guardado nos livros de História, não vale para salvar meu nome do esquecimento. Será esse meu destino? Viver, morrer e ser esquecido?.
Nunca vivi algo intenso ou especial, nunca me destaquei entre as pessoas que convivem ao meu redor, não era a mais bonita e tampouco a mais feia, não era a mais inteligente, nem ao meno a mais ignorante, eu nunca era a “mais alguma coisa”, era apenas o suficiente, mas de certa forma sempre me senti única, talvez fosse pela facilidade de entender as coisas ou seja a dificuldade em explicá-las, assim descobri que meu maior objetivo era aprender, mas aprender o que? Durante muito tempo em minha infância, meus familiares acreditavam que eu fosse algum tipo de autista, por ser diferente das outras crianças da minha idade, gostava de ficar sozinha brincando pelos cantos, ora admirando coisas pequenas como uma formiga carregando um grão qualquer, ora admirando coisas grandes como a lua e as estrelas. Eles demoraram a entender que eu era apenas uma garota curiosa e tímida, que queria saber como as coisas funcionavam e o porquê, talvez seja por isso que meus brinquedos nunca duravam, não podia ganhar um carrinho movido à pilha que sempre desmontava pra ver como era por dentro. Quando minha mãe descobriu sobre essa minha vontade de saber o porque das coisas funcionarem ela passou a me ensinar, e quando ela não sabia procurava algum livro que explicasse.
Assim fui absorvendo todas as informações que me interessavam, mas com o passar do tempo, algumas informações foram entrando em contradição com outras e quando percebi, já não sabia distinguir o certo com o errado. Será que nos tornamos o que nosso nome diz? ... E assim termina mais um pensamento completamente sem sentido.
domingo, 3 de março de 2013
Pessoas vazias
Nesse final de semana fui a uma balada que tanto ouço o pessoal falar e, confesso, há tempos não saio na noite e nem vou a lugares cheios, com muito barulho, pessoas falando ao mesmo tempo e brigando por uma mesa, geralmente bambas e super apertadas.
Há muito que me decidi não ir a shoppings, circuitos fashions badalados, restaurantes com gente mal educada falando alto exibindo a última tecnologia em celulares. Não gosto de sair do conforto da minha casa para ficar me acotovelado em filas intermináveis... mas como era aniversário de uma amiga querida, lá fui eu...
Devo dizer que esses bares atuais são de muito bom gosto, decoração apropriada, luz com a intensidade ideal que fazem “todos os gatos parecerem pardos”, o chope bem tirado, a porção de salgadinhos, apesar de fritura é saborosa, a música acompanhando a batida do nosso coração, com um “TUM TUM” bastante grave e garçons simpáticos atropelando-nos pelos corredores entre as mesas.
Um lugar bastante atraente, com pessoas bonitas, caras sarados, garotas de capas de revistas, que nada ficam a dever às platéias de uma Fashion Week. Tenho notado que atualmente a cara da noite é outra bem diferente... Não quero aqui ser saudosista, mas os antigos bares noturnos não mais existem, aqueles do banquinho e do violão com músicas que todos à volta cantavam seus refrões, quem não cantou em coro?
“Vi tanta areia andei, da lua cheia eu sei, uma saudade imensa”.
Hoje o afair acontece no coletivo, grupos de pessoas se reúnem para irem aos bares, ouvir música e beberem, mas nunca para conversarem olho no olho, mão na mão, mesmo porque o volume é tão alto e a muvuca é tão grande que se torna impossível existir o clima romântico do violão e do banquinho.
Pergunto-me: onde ficou o romantismo? Em que esquina ele foi esquecido? Os bares estão cheios de pessoas vazias, não existe conteúdo, não existe lógica; falta essencialidade (não sei se a palavra é essa), mas é assim que entendo e vejo essa grande massa que não sabe o que procura e se entorpece de álcool com as chamadas bebidas que potencializam nosso coração, com cafeína. E saem depois à toda com seus carrões e motos, batendo, matando e morrendo a cada esquina, tudo para irem parar no Instituto Médico Legal ou em uma cadeira de rodas.
Tudo na vida tem de haver um certo charme, para que nos tornemos interessantes para o outro, para que no outro dia exista uma vontade imensa de ligar novamente e querermos repetir a dose do dia anterior, do bom papo, das experiências trocadas, dos segredos compartilhados, daquela música que fica em nossa mente fazendo-nos lembrar da pessoa que estava em nossa companhia ,do beijo em que passávamos a semana inteira lembrando daquele momento mágico.
Mas talvez o ponto seja a falta de comprometimento, uma ausência de empatia. Estamos descartáveis demais... Beija-se fácil e abraça-se pouco.
O diálogo não tem começo nem meio e nem fim (isso quando há diálogo), todos falam ao mesmo tempo e ninguém exercita mais o escutar, o prestar atenção, ninguém fala nada com nada e quando fala percebe-se um ego imenso em torno de cada palavra, toda frase em geral começa na primeira pessoa do singular e jamais na primeira pessoa do plural.
Observa-se mulheres lindas e mal educadas, que são incapazes de agradecerem uma gentileza; homens engravatados circulando com carro do ano, que não sabem o que é dizer um... Por favor! Obrigado! Com licença... Palavras mágicas que aprendemos lá nos primórdios da nossa educação.
Hoje somos tolos em tudo, somos tolos quando acreditamos que tudo sabemos da vida, quando pensamos que o outro não nos faz falta e que podemos viver com arrogância e intolerância. Raríssimas são as vezes em que casais ou famílias se cumprimentam ou trocam cordialidades em um mesmo ambiente. Noto casais com filhos ainda recém-nascidos nos ambientes totalmente fechados em suas células familiares. Como essa criança irá se socializar e tornar-se uma pessoa livre de preconceitos, se não trocar afeto com outras crianças, na rua?
Hoje, o romantismo, a relação humana e o respeito estão plastificados, como a foto do nosso RG sem nenhuma expressão, vivemos no mundo do faz-de-conta, fazemos de conta que somos felizes, fazemos de conta que entendemos de tudo, fazemos de conta que tudo sabemos, e nesse mundo irreal, acabamos solitários e infelizes à frente de uma televisão, estáticos - novamente como na foto do nosso RG - a sonhar com um mundo virtual na tela do nosso laptop feito de pessoas tristes e sozinhas.
À noite, as baladas e as luzes nos atraem como mariposas fazendo-nos voar em torno desse glamour, dessas luzes coloridas. Realmente, diante de tanto aparato todos nós somos iguais. Afinal, o que vale nesse caso é o exterior, um cabelo bem feito, um corpo sarado e roupas de grife. Mas, em geral, somos iguais ao bambu imperial, bonitos e viçosos por fora, mas irremediavelmente ocos por dentro. Somos apenas peças de decoração iguais aos manequins das lojas baratas.
Sinceramente, não troco o conforto da minha casa pelas intermináveis filas, mas troco as baladas noturnas por uma boa pizza na casa dos amigos na sexta–feira à noite e me sinto maravilhosamente feliz quando me reúno com minha família e amigos em um churrasco num domingo de sol, seja aqui ou seja na praia... pois os lugares estão cheios de pessoas vazias.
Pense nisso!
Há muito que me decidi não ir a shoppings, circuitos fashions badalados, restaurantes com gente mal educada falando alto exibindo a última tecnologia em celulares. Não gosto de sair do conforto da minha casa para ficar me acotovelado em filas intermináveis... mas como era aniversário de uma amiga querida, lá fui eu...
Devo dizer que esses bares atuais são de muito bom gosto, decoração apropriada, luz com a intensidade ideal que fazem “todos os gatos parecerem pardos”, o chope bem tirado, a porção de salgadinhos, apesar de fritura é saborosa, a música acompanhando a batida do nosso coração, com um “TUM TUM” bastante grave e garçons simpáticos atropelando-nos pelos corredores entre as mesas.
Um lugar bastante atraente, com pessoas bonitas, caras sarados, garotas de capas de revistas, que nada ficam a dever às platéias de uma Fashion Week. Tenho notado que atualmente a cara da noite é outra bem diferente... Não quero aqui ser saudosista, mas os antigos bares noturnos não mais existem, aqueles do banquinho e do violão com músicas que todos à volta cantavam seus refrões, quem não cantou em coro?
“Vi tanta areia andei, da lua cheia eu sei, uma saudade imensa”.
Hoje o afair acontece no coletivo, grupos de pessoas se reúnem para irem aos bares, ouvir música e beberem, mas nunca para conversarem olho no olho, mão na mão, mesmo porque o volume é tão alto e a muvuca é tão grande que se torna impossível existir o clima romântico do violão e do banquinho.
Pergunto-me: onde ficou o romantismo? Em que esquina ele foi esquecido? Os bares estão cheios de pessoas vazias, não existe conteúdo, não existe lógica; falta essencialidade (não sei se a palavra é essa), mas é assim que entendo e vejo essa grande massa que não sabe o que procura e se entorpece de álcool com as chamadas bebidas que potencializam nosso coração, com cafeína. E saem depois à toda com seus carrões e motos, batendo, matando e morrendo a cada esquina, tudo para irem parar no Instituto Médico Legal ou em uma cadeira de rodas.
Tudo na vida tem de haver um certo charme, para que nos tornemos interessantes para o outro, para que no outro dia exista uma vontade imensa de ligar novamente e querermos repetir a dose do dia anterior, do bom papo, das experiências trocadas, dos segredos compartilhados, daquela música que fica em nossa mente fazendo-nos lembrar da pessoa que estava em nossa companhia ,do beijo em que passávamos a semana inteira lembrando daquele momento mágico.
Mas talvez o ponto seja a falta de comprometimento, uma ausência de empatia. Estamos descartáveis demais... Beija-se fácil e abraça-se pouco.
O diálogo não tem começo nem meio e nem fim (isso quando há diálogo), todos falam ao mesmo tempo e ninguém exercita mais o escutar, o prestar atenção, ninguém fala nada com nada e quando fala percebe-se um ego imenso em torno de cada palavra, toda frase em geral começa na primeira pessoa do singular e jamais na primeira pessoa do plural.
Observa-se mulheres lindas e mal educadas, que são incapazes de agradecerem uma gentileza; homens engravatados circulando com carro do ano, que não sabem o que é dizer um... Por favor! Obrigado! Com licença... Palavras mágicas que aprendemos lá nos primórdios da nossa educação.
Hoje somos tolos em tudo, somos tolos quando acreditamos que tudo sabemos da vida, quando pensamos que o outro não nos faz falta e que podemos viver com arrogância e intolerância. Raríssimas são as vezes em que casais ou famílias se cumprimentam ou trocam cordialidades em um mesmo ambiente. Noto casais com filhos ainda recém-nascidos nos ambientes totalmente fechados em suas células familiares. Como essa criança irá se socializar e tornar-se uma pessoa livre de preconceitos, se não trocar afeto com outras crianças, na rua?
Hoje, o romantismo, a relação humana e o respeito estão plastificados, como a foto do nosso RG sem nenhuma expressão, vivemos no mundo do faz-de-conta, fazemos de conta que somos felizes, fazemos de conta que entendemos de tudo, fazemos de conta que tudo sabemos, e nesse mundo irreal, acabamos solitários e infelizes à frente de uma televisão, estáticos - novamente como na foto do nosso RG - a sonhar com um mundo virtual na tela do nosso laptop feito de pessoas tristes e sozinhas.
À noite, as baladas e as luzes nos atraem como mariposas fazendo-nos voar em torno desse glamour, dessas luzes coloridas. Realmente, diante de tanto aparato todos nós somos iguais. Afinal, o que vale nesse caso é o exterior, um cabelo bem feito, um corpo sarado e roupas de grife. Mas, em geral, somos iguais ao bambu imperial, bonitos e viçosos por fora, mas irremediavelmente ocos por dentro. Somos apenas peças de decoração iguais aos manequins das lojas baratas.
Sinceramente, não troco o conforto da minha casa pelas intermináveis filas, mas troco as baladas noturnas por uma boa pizza na casa dos amigos na sexta–feira à noite e me sinto maravilhosamente feliz quando me reúno com minha família e amigos em um churrasco num domingo de sol, seja aqui ou seja na praia... pois os lugares estão cheios de pessoas vazias.
Pense nisso!
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